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Border Collie






O Border Collie é um cão de origem inglesa, fronteira com a Escócia. Raça foi desenvolvida por pastores de ovelhas e fazendeiros, foi realizado um trabalho de aperfeiçoamento genético voltado para o pastoreio, há mais de 300 anos. A região onde estes homens trabalhavam era montanhosa e acidentada e se localizava na região de fronteira com a Inglaterra, daí o nome Border (fronteira). O Border Collie era chamado de Collie trabalhador, para destingi-lo do Collie (Lassie). Esses fazendeiros tinham a preocupação de cruzar apenas os exemplares que mais se destacavam no trabalho de pastoreio, cruzando os melhores cães e cadelas pastores, sem se preocupar com estética, por isso o Border Collie não possui padrão estético da raça. O Border Collie ganhou também uma inteligência extraordinária, considerado por muitas associações, canis e estudiosos do comportamento canino, como o CÃO MAIS INTELIGENTE DO MUNDO. Dotado de extrema habilidade, o Border Collie atinge uma velocidade de mais de 40 Km/h, e por ser um cão de trabalho pesado, resiste ao cansaço enquanto trabalha, demonstrando muita disposição até terminá-lo. O Border Collie atualmente é muito utilizado no campo (pastoreio), tanto em rebanhos de ovinos como bovinos em todo o mundo. No Brasil a raça vem crescendo e se difundindo muito, principalmente na região Sul e Sudeste.

A historia do Border Collie no Brasil é recente, em 1993 um admirador da raça chamado Robert Erwin, importou um casal de cães do pais de Gales e em 1994 em parceria com Erwin um fazendeiro chamado Thomas Baungartner de Inúbia Paulista-SP criou a ninhada nascida do casal de Border Collie importado; sem nenhuma ligação , também em 1994, o pecuarista André Camozzato do Rio Grande do Sul e o Arlindo Stocco de Capão Bonito-SP importaram cães da raça para o Brasil.

Em 1995 Thomas sentiu necessidade de ir mais alem das teorias sobre pastoreio e trouxe para o Brasil um famoso treinador norte-americano Ray Moss para ministrar um curso para seus funcionários e para amigo Carlos Taboga. Em 1997 Ray Moss ministrou seu segundo curso no Brasil com a participação de varias pessoas de todo o país.
A partir de então a raça não parou mais crescer, pecuaristas e criadores se apaixonaram pelo serviço dos Border Collies, se organizaram, fizeram outros cursos, trouxeram outros estrangeiros e mais cães para o Brasil, formando hoje um plantel de nível internacional.




Diferença entre Burro e Jumento




                   Jumento, asno e jegue são exatamente o mesmo animal, em cada região ele recebe um nome diferente. Ele se destaca devido a sua resistência e pode ser encontrado em praticamente todo planeta, porém em regiões mais frias. Em média tem 1,30 m de altura e pode pesar até 400 kg. Mula e burro são animais diferentes, são naturais de um cruzamento de um jumento com uma égua, quando a cria é fêmea é então denominada mula, quando macho burro.
 Algumas tropilhas hoje do Rio Grande do Sul utilizam estes animais para a gineteada, seja ela de pêlo ou boca atada. O resultado muitas vezes é bom, pois são animais de força e resistentes.


Australian Cattle Dog





Boiadeiro por excelência, o Australian se expande no País. Saiba como ele foi desenvolvido, de que forma desempenha sua função de origem, em que outras atividades é usado e por que é impossível não admirá-lo
A vertiginosa ascensão desta raça no Brasil impressiona. Crescer tanto em tão pouco tempo, se não é um feito inédito na cinofilia nacional, é certamente pra lá de incomum. De 1996, data em que a criação oficial do Australian Cattle Dog teve início no País, até 2004, último ano com dados disponíveis, seu número anual de nascimentos registrados subiu 6,3 mil por cento. De modestos sete exemplares contabilizados em 1996, a raça saltou para 438 no ano passado. Essa cifra posicionou o Australian em 36º lugar no ranking de filhotes nascidos de todas as raças, mantendo-o à frente de figuras caninas bem conhecidas, como o Collie, o Dálmata, o Husky e o Pinscher.
O fato é que esse cão australiano especializado na lida do gado se populariza a passos largos em território verde-amarelo. Mas você já esteve diante de um deles? Pode parecer estranho, porém a grande maioria dos brasileiros jamais viu um Australian pessoalmente. Sobretudo para a população que vive em áreas urbanas, ele permanece como ilustre desconhecido. O paradeiro da quase totalidade das centenas de exemplares registrados todos os anos no Brasil são as regiões rurais, em especial as dedicadas à pecuária. Nelas o Australian vem conquistando fazendeiros e peões na prática de sua especialidade e de tarefas similares: respectivamente, a condução da boiada e o apoio em certas modalidades dos rodeios. “Mais de 90% da criação brasileira de gado de corte tem cães para auxiliar no trabalho, e o Australian não só é cada vez mais usado para isso no País como se tornou o cão do desejo dos pecuaristas”, comenta Régis Pio Monteiro da Silva, de São Paulo, criador da raça, de gado e veterinário de eqüinos. A popularidade do Australian no universo dos rodeios também é alta e ascendente. “No Norte, todo o pessoal de rodeio já o conhece, e um número crescente de pessoas o adota como cão de apoio em esportes eqüestres, como o laço de bezerro”, conta a criadora e adestradora Aike Schmitz Neumann, de Ariquemes, Rondônia. O mesmo acontece em outras regiões do Brasil: os dados da Confederação Brasileira de Cinofilia indicam que a raça está sendo criada nos quatro cantos do País, com destaque especial para o Sudeste, em 2004 responsável por quase 80% dos Australians registrados em território nacional. “Há muitos exemplares trabalhando no campo e nos rodeios por todo o interior paulista”, atesta Maria Leônia Oliveira, ex-criadora de cavalos e dona de dois Australians.
PERFIL
Que ninguém pense, contudo, que esse rústico boiadeiro não tem potencial para a vida urbana. Seus predicados como cão de cidade existem e não são poucos (veja A raça no asfalto). A Austrália, sua terra natal, que o diga. Lá, onde cerca de mil exemplares da raça são registrados anualmente, o Australian já esteve, como aqui hoje, concentrado em áreas rurais. De aproximadamente 20 anos para cá, tudo mudou. Com a implantação de técnicas avançadas na pecuária, viáveis sobretudo em nações endinheiradas, a Austrália reduziu significativamente o uso do cão na condução do gado. Quem explica é o australiano John Chandler, criador da raça há 58 anos e secretário do Australian Cattle Dog Social Club of North Queensland: “Agora, temos helicópteros e motocicletas ajudando no trabalho de pastoreio e condução. Por isso, o Australian, embora ainda seja empregado em sua função de origem, deixou de ser uma peça tão fundamental na nossa pecuária; hoje estimo que apenas 25% do plantel da raça esteja em atividade nas fazendas, os outros 75% estão em áreas urbanas e semi-urbanas, atuando como cão de companhia e guarda.”
Mesmo que atualmente a Austrália o utilize menos como cão boiadeiro, ela trabalhou duro para desenvolvê-lo (veja A formação da raça). Foram mais de 80 anos em busca do perfil canino ideal para a função. A meta não poderia ter sido mais bem atingida. O Australian se transformou num legado para as nações que, a exemplo do Brasil, praticam uma pecuária, por assim dizer, mais primitivista. Ou seja, que adota técnicas rudimentares e na qual cão, cavalo e homem são os pivôs do trabalho. “O uso do cão na condução da boiada não é novidade no País, a novidade é o Australian, cujo desempenho é incomparável”, sentencia Régis.
Antes da introdução da raça no Brasil, a mais comum alternativa canina dos fazendeiros para conduzir os pesos pesados da fazenda eram Boxers, Filas, Rottweilers, mestiços dessas raças, viralatas e até mesmo Border Collies, estes últimos adaptados da função de pastoreio para a de boiadeiro. Quem já testou o Australian, contudo, é unânime: ele supera todos. Boxers, Filas, Rottweilers e os respectivos mestiços tendem a tomar a dianteira da boiada e a segurar os bois pela frente, mordendo-os pelo focinho.